Alessandro de Moura
Tese de doutorado defendida na UNESP/Marília
RESUMO
O trabalho aborda as atividades do movimento operário e sindical na Grande São Paulo no período 1968-1980, analisando as greves de Osasco em 1968 e as comissões de fábricas São Paulo nos anos 1970 e o ciclo de greves no ABC paulista nos anos 1978-1980. Após o golpe militar de 1964, as comissões assumem nova importância para a reorganização do movimento sindical e operário, os processos de Osasco e o surgimento da Oposição Sindical Metalúrgica em São Paulo são experiências significativas desse processo. Realizamos uma série de entrevistas com alguns dos principais dirigentes da greve de 1968 em Osasco, militantes da Oposição Sindical Metalúrgica e militantes do movimento operário do ABC paulista. O movimento operário e sindical de São Paulo foi impactado pelos processos desdobrados em Osasco nos anos 1967-1968, sobretudo pela formação das comissões e grupos clandestinos. Sob influência desses processos desenvolveu-se em São Paulo a Oposição Sindical Metalúrgica, que inspirada nas greves de Osasco, organizará comissões de fábricas e grupos clandestinos. A expressão maior da Oposição Sindical Metalúrgica se dá em sua terceira fase, de 1975 a 1980. Por fim traçamos um paralelo com a forma de organização e linha sindical praticada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo. Esta opõe-se em muitos aspectos àquela "tradição" que, desde o golpe militar-burguês, vinha se desenvolvendo de Osasco a São Paulo. Apoiando-se na estrutura sindical estatal/oficial, opõem-se a criação de comissões independentes do Sindicato e centraliza toda a orientação das greves nas mãos da Diretoria do Sindicato do ABC.
Palavras-chave: Movimento operário em Osasco: Comissões de fábrica: Movimento operário em São Paulo: Oposição Sindical Metalúrgica: Movimento operário no ABC paulista.
Confira o texto completo no site da UNESP: http://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/135966/000858805.pdf?sequence=1&isAllowed=y
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